RESENHA CRÍTICA - Thunderbolts* (2025)

Um caos organizado que surpreende com sua carga emocional, entregando mais do que promete. ''Thunderbolts*'' mistura ação, drama e carisma em uma narrativa intensa e envolvente. 

Depois de uma sequência de filmes que deixaram os fãs divididos e os críticos desacreditados, ''Thunderbolts'' chega como um inesperado respiro no Universo Cinematográfico da Marvel. Mais do que uma surpresa positiva, o longa representa, sem exagero, o melhor acerto do estúdio em anos. Com uma mistura certeira entre a irreverência de ''Guardiões da Galáxia'' e a densidade moral de ''Esquadrão Suicida'', o filme entrega um equilíbrio raro entre ação, emoção e construção de personagens.

Diferente da fórmula já desgastada dos heróis infalíveis, a Marvel aposta agora em um grupo de desajustados com passados duvidosos, mas que encontram, juntos, um propósito em comum. E é exatamente aí que reside o coração do filme. A jornada de redenção de cada personagem é construída de forma honesta, tocante e, acima de tudo, humana. Em pouco tempo, nos vemos torcendo por eles, sentindo suas dores e nos identificando com suas contradições. Eles não são perfeitos, e é essa imperfeição que os torna tão cativantes.

A direção acerta ao dar ritmo e fluidez à trama, evitando o cansaço típico de filmes com muitos personagens. Cada integrante do grupo tem seu momento de destaque, suas cicatrizes expostas, suas dores reveladas. Tudo isso sem pressa, mas também sem enrolação. A química entre eles é genuína, com interações orgânicas, cheias de conflitos reais, ironias afiadas e até momentos de ternura inesperada.

Visualmente, o filme segue o padrão Marvel, mas opta por um tom mais contido. Há menos foco em efeitos espetaculares e mais atenção às nuances emocionais. Isso não significa que falte ação. Pelo contrário, as cenas são bem coreografadas, empolgantes e, o mais importante, estão sempre a serviço da narrativa.

Outro grande mérito de ''Thunderbolts'' é como ele insere, de maneira sutil e inteligente, elementos que pavimentam o caminho para a chegada do ''Quarteto Fantástico'' que tem estreia prevista para julho de 2025. Sem desviar o foco da história principal, o filme amplia o universo de forma natural, com conexões bem amarradas que reacendem o entusiasmo dos fãs. E não com fanservices vazios ou easter eggs gratuitos, mas com promessas reais de um futuro promissor.

No fim das contas, ''Thunderbolts'' entende uma verdade simples, mas poderosa, não basta salvar o mundo, é preciso fazer o público se importar com quem está tentando salvá-lo. E nesse ponto, ele acerta em cheio. Não por prometer reinventar a Marvel, mas por lembrar o que sempre fez sua fórmula funcionar: personagens com alma, histórias com peso e uma narrativa que respeita o espectador.



NOTA: ⭐⭐⭐


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