Taylor Swift concluiu, nesta semana, uma das maiores viradas de sua carreira ao readquirir oficialmente os direitos dos seus seis primeiros álbuns. A negociação foi feita diretamente com a empresa Shamrock Holdings, que havia comprado os masters em 2020 após a polêmica venda da Big Machine Records para Scooter Braun.
Com o novo acordo, Taylor passa a deter o controle de todas as gravações originais dos álbuns ''Taylor Swift'', ''Fearless'', ''Speak Now,'' ''Red'', ''1989'' e ''Reputation'', além de materiais associados como videoclipes, registros de turnê, fotos promocionais e faixas inéditas arquivadas.
A artista publicou o anúncio em seu perfil oficial com a legenda “You belong with me.”, acompanhada de emojis representando a identidade visual de cada era e uma imagem cercada pelos CDs que a projetaram ao estrelato. Em seu site, ela também divulgou uma carta aberta confirmando que a negociação foi feita de forma respeitosa, transparente e que, pela primeira vez, se sentiu verdadeiramente reconhecida por um parceiro comercial.
Entenda o contexto
A disputa começou em 2019, quando Scooter Braun adquiriu a Big Machine Label Group, gravadora responsável pelos primeiros lançamentos da artista. Com o acordo, Braun passou a controlar os masters dos discos lançados entre 2006 e 2017. Taylor revelou publicamente que tentou readquirir os direitos, mas que as condições impostas não eram justas.
Em resposta, ela iniciou um movimento inédito: regravar todo o material afetado sob o selo Taylor’s Version. Os novos lançamentos foram recebidos com enorme apoio do público, superaram os originais nas plataformas de streaming e impulsionaram a turnê The Eras Tour, hoje considerada a mais lucrativa da história da música, com faturamento acima de US$ 2 bilhões.
Impacto no mercado
A decisão de Taylor influenciou diretamente a indústria fonográfica. Após o sucesso das regravações, grandes gravadoras começaram a revisar cláusulas contratuais com novos artistas, estendendo prazos de regravação e buscando formas de proteger os masters de forma mais agressiva.
O movimento liderado por Swift também reacendeu debates sobre autonomia artística, direitos autorais e o poder de negociação de músicos frente às gravadoras. Hoje, sua trajetória é vista como um divisor de águas em termos de propriedade intelectual na indústria do entretenimento.
Próximos passos
Com o controle total dos direitos de suas músicas finalmente em mãos, Taylor Swift pode agora explorar todo o seu catálogo com liberdade, seja em relançamentos, licenciamentos ou adaptações para projetos audiovisuais. Dos seis álbuns que estavam previstos para regravação, restam apenas dois a serem lançados oficialmente: Taylor Swift, seu disco de estreia, e Reputation.
O primeiro já está completamente regravado, segundo a própria artista, que reforçou a intenção de lançá-lo em algum momento. Já sobre Reputation, Taylor explicou que ainda não pretende revisitá-lo por completo. Para ela, aquele álbum pertence a uma fase muito específica da sua vida, e seria difícil recriar tudo o que foi construído naquela época. Apesar disso, ela deixou em aberto a possibilidade de lançar, futuramente, as faixas inéditas “from the vault” que fazem parte desse ciclo.
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